A governadora Rosalba Ciarlini anunciou que não implementará os Planos de Carreira previstos para setembro. Novidade? Desde o início da sua gestão, a Governadora protelou a resolução de impasses com o funcionalismo público estadual. As greves no início do ano e a tentativa de negociações não foram suficientes para mostrar para a gestora que o Estado se mantinha em dívida com os servidores.
Rosalba Ciarlini concedeu entrevista ao jornal Tribuna do Norte (edição de sábado, 3) e disse que o acordo que havia feito com os servidores, que estavam em greve, era de voltar a negociar as reivindicações no mês de setembro. Numa declaração estudada, como se estivesse apresentando a melhor resposta do mundo para os trabalhadores, disse que chamaria os representantes de cada categoria para discutir uma forma de resolver a questão.
Mais uma vez, a governadora anda na contramão das negociações, que para os funcionários haviam ficado claras: a implementação dos Planos começaria em setembro. Em tese, as negociações já haviam sido feitas. Com a declaração da governadora, ela quer fazer a população crer que os trabalhadores é que entenderam o recado de forma errada. Além disso, o discurso sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal voltou a ser usado pela gestora como justificativa para não pagar o que deve.
A declaração não agrada aos trabalhadores, isso é fato. As categorias se mobilizaram, gritaram, lutaram, dialogaram, apresentaram propostas, acreditavam ter havido um entendimento com o Governo. Quando o momento tão esperado por eles se aproxima, o governo joga um balde de água fria nas suas expectativas e faz desmoronar o pouco de credibilidade que ainda possuía junto aos servidores.
A coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso, diz que a decisão da governadora é um estimulo para que as categorias se mobilizem novamente em busca das reivindicações feitas. “Se essa declaração, de fato, se materializar será difícil manter uma relação de respeito e de credibilidade nestes próximos anos com o governo. Não iremos suportar essa relação de traição! Responderemos com luta e iremos cobrar na justiça o que ela nos deve.”, conclui a sindicalista.
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