Em 2009, bolsa de estudante grávida estourou durante a prova.
Neste ano, ela fará o exame para tentar vaga em curso de engenharia civil.
É a terceira vez que Polyana Maria Torres Paulino, de 23 anos, se inscreve para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Este ano a meta é concluir os dois dias de exame. Na primeira vez, em dezembro de 2009, Polyana estava grávida de nove meses e teve de deixar o primeiro dia de prova após uma hora do início porque sua bolsa estourou.
Do campus da Uniban, em São Bernardo do Campo, no ABC, ela seguiu para o Hospital Municipal Universitário da cidade levada por uma viatura da Polícia Militar. Sarah Noemy Torres Paulino nasceu horas mais tarde de uma cesariana.Polyana imaginava que o nascimento da primeira filha fosse acontecer pelo menos dez dias mais tarde. Quando se inscreveu para o Enem, de olho em uma bolsa de estudos do Programa Universidade para Todos (ProUni), previa que a prova seria realizada em outubro. Mas foi neste ano que ocorreu um suposto vazamento do exame e o Ministério da Educação adiou o Enem para o mês de dezembro.
"Não imaginava que a bolsa fosse estourar durante a prova. Já tinha feito umas 19 questões e senti um corrimento. Não me preocupei, mas em seguida aumentou. Vi a água descendo pela cadeira e chamei o fiscal, mas sem alarde. Fiquei morrendo de vergonha", lembra Polyana. A estudante conta que neste momento não sentiu qualquer dor, mas estava constrangida por conta da calça molhada pelo líquido amniótico e por ter chamado atenção de todos ao redor.
No hospital, a filha de Polyana ficou conhecida como 'Enéia' pelos funcionários e médicos. "Todo mundo começou a brincar com essa história de ela ter praticamente nascido no meio prova. Até hoje eu sempre conto para o amigos."
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